sexta-feira, 24 de outubro de 2008

MEIOS DE TRANSPORTE




OLHA SÓ QUE BELEZA, CADA UM FEZ SEU MEIO DE TRANSPORTE....
QUE FELICIDADE

ESTUDANDO MEIOS DE TRANSPORTE

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

LER É SABER

A leitura, assim como a oralidade e a escrita se constituem em uma tecnologia da inteligência. Através da leitura navegamos por mares nunca visitados e a cada viagem constatamos que “navegar é preciso”. Nesta navegação vamos construindo uma teia de significantes e significados que delineiam um grande hipertexto, configurado pelas nossas sinopses. Um hipertexto que possibilita aprender a ler e reescrever o mundo, pelas imagens que permeiam os livros, revistas, jornais, gibis e as páginas da WEB.
Semanalmente a escola recebe jornais de uma empresa jornalística do município de São Miguel do Oeste e o mesmo é oferecido aos alunos e as suas famílias para que por meio da escola possam saber e ter acesso às noticias ou assuntos que possam vir a ser de seu interesse.
Embora os alunos não saibam ler ou escrever convencionalmente, podem e devem ser colocados no papel de leitores. Portanto, propor atividades de leitura e escrita utilizando textos que os mesmos saibam de cor, significa propor situações de aprendizagem significativa.
Até pouco tempo acreditava-se que a aprendizagem da leitura dependia exclusivamente do ato de decodificação. Hoje se acredita que decodificando que eles aprendem coisas e a leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção de hipótese e significados. E a mediação da escola para o conhecimento é muito importante, porque uma sociedade com boa educação é uma sociedade com opinião.
O ato de ler é um hábito saudável e ter, um projeto de leitura definido é a demonstração de uma visão em longo prazo para o desenvolvimento de nosso povo e melhor o grau de entendimento e interpretação de toda sociedade. Nossa clientela ainda demonstra uma séria defasagem na leitura e interpretação da escrita.
A literatura infantil é ludismo, é fantasia, é questionamento e dessa forma consegue ajudar a encontrar respostas para as inúmeras indagações do mundo infantil, enriquecendo a capacidade de percepção das coisas. A criança e a literatura seja ela infantil, infanto-juvenil ou adulta, compartilham da mesma natureza, pois tem a característica de ser lúdicas, mágicas e questionadoras e essas afinidades fazem com que a literatura, seja a mais poderosa aliada das crianças e dos educadores na vida, na busca da compreensão do mundo e do ser humano. A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a relação entre as pessoas sobre o eu e sobre o outro.
A criança que esta constantemente em contato com livros lê, interpreta, compreende e escreve com mais facilidade do que as outras. Devido ao desafio, conforme colocado no inicio da justificativa, iniciaremos nossas atividades de leitura na escola com um passo bem simples que é o de socialização entre as crianças e professoras, direção e funcionárias, num momento único, onde uma turma conforme horários estipulados irão recitar um poema, refletir sobre uma música, tendo como mediadoras do processo e de síntese do assunto em pauta as educadoras responsáveis pelas turmas.


PÚBLICO ALVO: Alunos do ensino fundamental (1º a 4ª série)


NÚMEROS DE ALUNOS BENEFICIADOS: 96 alunos


DESCRIÇÃO DA AÇÃO: Trata-se de projeto que visa mobilizar para o ato da leitura. Durante o desenvolvimento do projeto serão várias as ações que visam despertar em todos os envolvidos o gosto pela leitura.


OBJETIVO GERAL

Oportunizar momentos de interação onde os alunos possam partilhar do momento da leitura na escola, desde educandos, educadores, serventes, direção e comunidade. Sabemos que o habito de leitura deve ser introduzido desde cedo na vida de nossas crianças, construindo assim uma ponte entre o saber e o conhecer, a reciprocidade pelo gosto e a necessidade de ler.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Criar situações que despertem o prazer de ler;
Leitura de uma história de varias formas, rindo, chorando e leitura normal do texto;
Priorizar a prazerosidade no desenvolvimento das atividades onde as crianças terão liberdade de expressar seus sentimentos e idéias, aprendendo também a ouvir educadores e colegas;
Proporcionar a ampliação do vocabulário e o aperfeiçoamento da linguagem oral;
Incentivar o gosto pela leitura e posteriormente à escrita;
Desenvolver a expressão oral e corporal, através do lúdico;
Conhecer alguns personagens de histórias através da contação das mesmas caracterizados de personagens;
Conhecer autores, escritores de nossa região e compositores;
Proporcionar momentos de leitura com fundo musical;
Utilizar-se de fantoches para dramatizar pequenas histórias;
Permitir o manuseio de recursos literários e das discussões entre os colegas;
Deixar que tragam livros de casa para ler na escola, panfletos de mercado e/ou lojas, bilhetes, cartas;
Estimular a leitura em outros ambientes fora da sala de aula;
Proporcionar momentos lúdicos na hora de ler
Oportunizar a leitura silenciosa e individual;
Tornar as aulas de leitura prazerosas;
Pesquisar uma história, uma poesia, contar, escrever, reescrever e ler;
Um aluno vai contar um clássico em cada momento oportunizado a ele


METODOLOGIA

É no desafio da melhoria de qualidade, da educação infantil e do Ensino Fundamental de 1º ano a 4ª séries que a Escola Municipal Anita Garibaldi, norteia suas ações concebendo as funções entre o educar e o cuidar.
O Projeto Educativo deve ter um sentido significativo na vida daqueles que estão sob nossa responsabilidade a ser sobre tudo prazerosa para todos e onde possa desenvolver suas potencialidades e curiosidades.
A partir deste projeto estamos envolvendo as crianças no mundo da leitura e contação de histórias e as atividades propostas devem basear-se em uma organização de espaços e na oferta de materiais de forma a possibilitar a iniciativa, a ação independente e a imaginação das crianças.
Nossa partida se dá através de conversa informal com as crianças sobre a literatura, visitaremos a Biblioteca Municipal FRANCISCA AMORIM NICARETTA com todas as turmas, onde será apresentado o cantinho da leitura com vários livros de literatura infantil, infanto-juvenil, adulta e de áreas especificas onde as mesmas poderão manuseá-las livremente.
As histórias serão contadas, discutidas e reestruturadas pelos mesmos onde farão escrita e reescrita de pequenas histórias assim como listaremos nomes de histórias conhecidas por eles.
Trabalhos direcionados e confecção de livros reescritos por eles, os mesmos poderão dramatizar algumas histórias utilizando-se de fantoches, máscaras e roupas adequadas para caracterizarem os personagens de certas histórias. O projeto deve buscar alcançar alguns dos vários propósitos sociais da leitura.


MÍDIAS E TECNOLOGIAS A SEREM UTILIZADAS

Assinatura de Jornais
Assinatura de revistas
Livros de interesse do aluno
Internet
Visita de escritores na escola
Aparelho de som
Cd
Televisão
DVD


ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

ABERTURA: Convidar escritor de São Miguel do Oeste para conversar com os alunos sobre a importância da leitura e o por que de escrever.

Nas aulas de leitura semanais serão levados jornais, revistas, livros, recortes de textos informativos. Na última aula da semana cada aluno faz a produção de um dos fatos lidos. Após serão expostos num mural da escola.

Exposição e leitura de Clássicos.

Dramatização de histórias infantis e infanto-juvenis na hora culturais da escola.

Criar o cantinho da leitura da escola com noticias do município, estado, país e mundo.

Escutar e ler contos cuja história existe também em vídeo (promover debate), trabalhar
contos de fadas, fábulas e lendas para após dramatizarem para alunos de pré e 1º ano.

Apresentação de historinhas com fantoches.

Acrósticos.

Listar nomes de histórias que gostam.

Cruzadinha.

Interpretação da história.

Caça-palavras

Atividades ortográficas e gramaticais.

Desenhos.

Identificar personagens de histórias.

Dinâmicas diferencias para a reescrita de histórias.

Observação: Além destas atividades, deverão ser sugeridas mais em cada disciplina.


ETAPAS PREVISTAS

Esta será de acordo com o planejamento de cada Educadora, em tempo de cinco meses e conforme o avanço das turmas.


AVALIAÇÃO

Será um processo contínuo, considerando o interesse, o desempenho e a participação individual e coletivo no desenvolvimento das atividades.


BIBLIOGRÁFIAS

ABRAMOVICH. Fanny. Gostosuras e Bobices. 4ª Ed. São Paulo: Scipione, 1994;
CUNHA. Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil Teoria e Prática. 4ª Ed. São Paulo: Ática, 1985;
GARCIA. Edson Gabriel. A literatura na escola de 1º Grau. 1992, 2ª Ed. 1992. Edições Loyola.
JOLIBERT. Josette. Formando crianças Leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

CONTOS DA TRADIÇÃO LITERÁRIA

São os Contos clássicos da Literatura Mundial.

A característica principal desses contos é que a maioria vem da Idade Média. Todos tem como motivo um ensinamento moral ou representação alegórica de problemas comuns daqueles tempos.

Quer dizer, através de contos, os antigos tentavam ensinar normas de conduta à população. Podia ser um alerta contra perigos existentes ou simplesmente ensinamentos edificantes.

O conto é uma forma literária reconhecida e utilizada por muitos escritores, no entanto a sua origem é muito mais humilde. Começou na tradição oral dos povos, como um simples e despretensioso relato de histórias imaginárias. A tradição oral se organizavam na rodas de conversas após o jantar, nos galpões das fazendas, nas varandas cobertas das casas, nos quintais e até mesmo nas calçadas. Formada a roda, o contador de histórias, geralmente um visitante, narrava um causo acontecido ou imaginário considerado interessante. O contador de histórias precisava praticar suas narrativas, senão elas podiam ser esquecidas.



quarta-feira, 1 de outubro de 2008

CONTOS AFRICANOS

Há muito tempo o Brasil recebeu muitos homens e mulheres que foram capturados em diversos lugares da África e escravizados.
A história de seus povos, os segredos da sua religião, os modos de fazer as coisas eram contados pelos mais velhos para os mais novos, falaram de seus deuses, de seus mistérios, de sua sabedoria e as velhas lendas continuaram a ser narradas. As histórias são amostra da sabedoria que o Brasil recebeu da África.


Autores Africanos - Do Rovuma ao Maputo


Uma Negra Convertida
Minha avó negra, de panos escuros,
da cor do carvão...
Minha avó negra de panos escuros
que nunca mais deixou...

Andas de luto,
toda és tristeza...
Heroína de idéias,
rompeste com a velha tradição
dos cazumbis, dos quimbandas...

Não xinguilas, no obito.
Tuas mãos de dedos encarquilhados,
tuas mãos calosas da enxada,
tuas mãos que preparam mimos da Nossa Terra,
quitabas e quifufutilas - ,
tuas mãos, ora tranquilas,
desfilam as contas gastas de um rosário já velho...

Teus olhos perderam o brilho;
e da tua mocidade
só te ficou a saudade
e um colar de missangas...


Avózinha,
as vezes, ouço vozes que te segredam
saudades da tua velha sanzala,
da cubata onde nasceste,
das algazarras dos óbitos,
das tentadoras mentiras do quimbanda,
dos sonhos de alambamento
que supunhas merecer...
E penso que... se pudesses,
talvez revivesses
as velhas tradições!

http://pintopc.home.cern.ch/pintopc/www/Africa/Antonio_M/NegraConvertida.htm


Em 1992 foi publicado pela Associação dos Amigos da Ilha de
Moçambique o livro "Contos Macuas", com coordenação de Elisa Fuchs e
ilustrações de Malangatana.



"O macaco e o cágado":


"O macaco e o cágado fizeram-se amigos. Certo dia, o macaco disse:
- Amigo, vem a minha casa.
O cágado respondeu:
- Está bem.
O cágado saiu e foi a casa do seu amigo. Quando lá chegou, o macaco matou um galo, fez echima, pô-la na mesa e disse:
- Amigo, vamos lá comer a echima.
- Ah, o meu amigo pôs a echima na mesa sabendo que eu não consigo subir? - pensou o cágado. Tentou subir, tentou, mas não conseguiu comer a echima! Por fim resolveu ir para casa, mas antes pediu ao macaco:
- Amigo, dá-me as minhas ferramentas para me ir embora.
Quando estava para sair, perguntou ao macaco:
- Quando é que vais a minha casa?
- Hei-de ir na próxima semana - disse o macaco.
- Está bem - respondeu o cágado.
Na semana seguinte, o macaco foi a casa do amigo. Quando lá chegou, mataram um galo, fizeram echima. O cágado deitou fora a água das panelas e disse para o amigo:
- Não há água, mas podes lavar as mãos no poço. Tem cuidado para não as pores no chão quando voltares.
O macaco foi ao poço com a sua mulher. Lavou as mãos e começou a andar só com duas patas. O cágado tinha queimado todo o capim à volta da casa e havia muita cinza. Quase ao chegar, o macaco não aguentou mais e pôs as mãos no chão ficando com elas todas sujas.
Teve que voltar ao poço para as lavar de novo. Fez isto tantas vezes que acabou por desistir. Foi com a sua mulher despedir-se e pedir as suas ferramentas. A partir daí o macaco e o cágado nunca mais voltaram a ser amigos."

echima - farinha de milho cozida
http://pintopc.home.cern.ch/pintopc/www/Africa/Z_divers/macaco_cagado.htm


Para a cultura africana, as palavras têm poder de ação e ignorar aquilo que é pronunciado e verdadeiro é cometer uma falha grave, que pode ser comparada ao ato de tirar uma parte dos elementos essenciais do nosso corpo, o que nos faria perder a vida ou uma parte de nós.